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Sexta na TV: a Clandestina, o guarda-redes e The Penguin em ascensão

CINEMA

Flor do Deserto
Cinemundo, 15h

Realizado por Sherry Horman, é um relato impressionante do percurso da supermodelo Waris Dirie, interpretada por Liya Kebede. Nascida na Somália, em 1965, aos 13 anos é vendida para se casar com um homem de 60. Ela foge, percorre o deserto sozinha e chega a Mogadíscio, de onde é enviada para Londres, para trabalhar como empregada. É descoberta pelo fotógrafo Terry Donaldson (Timothy Spall) e é no auge da sua carreira como modelo que revela que foi vítima de excisão feminina aos cinco anos e inicia uma luta contra esta prática, tornando-se embaixadora da ONU.

Memória
RTP2, 22h59

Tudo se passa em Bogotá, na Colômbia. Jessica (Tilda Swinton) percorre o país a ouvir um barulho insistente na sua cabeça, “como se fosse uma bola de cimento a cair num poço de metal rodeado de água do mar”. Acorda com esse barulho na primeira sequência do filme, que é magistral: em poucos minutos, cruza o ecrã e vai ocupando todos os cantos, silenciosa e na penumbra. O realizador Apichatpong Weerasethakul continua assim a sua indagação e experiência sobre a comunicação, a memória e as imagens.

SÉRIE

O Pinguim
Máx., transmissão

Estreia. Colin Farrell retorna ao papel de Oz “The Penguin” Cobb que ocupou no filme O Batman (2022) e rouba o protagonismo ao homem-morcego neste spin off/sequela que narra a sua ascensão aos píncaros da vilania de Gotham City. Inspirada nas personagens da DC Comics, a minissérie tem Lauren LeFranc como showrunner e é composta por oito episódios. O primeiro chega hoje; os seguintes, à segunda-feira, a partir de dia 30.

Legado de Sangue
Netflix, transmissão

Também em estreia está esta produção sul-africana cuja trama, a fazer lembrar Sucessãoenvolve o império de uma família e lutas de poder entre herdeiros. É com corrupção e ganância, testes à lealdade ou às capacidades estrategas, além de alianças e tradições familiares, que se constrói este Legado de Sangue em 20 episódios, com Xolile Tshabalala, Buyile Mdladla e Treasure Nkosi no elenco.

Um escândalo muito real
Máx., transmissão

Durante anos considerado o “menino de ouro” da família real britânica, André caiu em desgraça quando o seu nome surgiu ligado à rede de crimes sexuais chefiada pelo magnata e seu amigo Jeffrey Epstein. Mas o maior golpe foi auto-infligido: em 2019, deu uma entrevista desastrosa ao programa Noite de notíciasda BBC, em que negou ter violado uma menor e em que só mostrou arrependimento por ter envergonhado a família ao ficar na mansão de Epstein já depois de ele ter sido condenado.

Essa entrevista e confrangedora – e respectivos “antes” e “depois” – é recriada nesta série em três partes. Cabe a Michael Sheen encarnar André, enquanto Ruth Wilson assume o papel da jornalista e entrevistadora Emily Maitlis.

DOCUMENTÁRIOS

Courtois: O Retorno do Número 1
Vídeo Prime, transmissão

Estreia-se mais uma série documental sobre um astro do desporto. Esta gravita em torno da “superação épica” do guarda-redes belga Thibaut Courtois depois de uma lesão sofrida num treino ao serviço do Real Madrid.

Clandestino
Edição TVCine, 22h

Com assinatura de Maria Mire, este documentário tem como ponto de partida a obra Memórias de Uma Falsificadora – A Luta na Clandestinidade pela Liberdade em Portugalde Margarida Tengarrinha (1928-2023). Durante o regime salazarista, tornou-se falsificadora de documentos por motivos de militância política e, por causa disso, viveu anos na clandestinidade.

A acção é transposta para os nossos dias e, apesar de a narração referir xilogravuras, materiais de fotografia ou selos brancos, vemos os actores a usar computadores, discos rígidos ou passaportes electrónicos. Esse anacronismo tem uma função específica: transportar a dimensão política da clandestinidade das décadas de 1950 e 1960 para um possível equivalente contemporâneo.

“O interesse na realização deste filme prende-se assim tanto com a urgência de tirar da sombra a acção das mulheres que de modo revolucionário combateram neste período negro da história contemporânea portuguesa, assim como o de pensar na dimensão política presente nos pequenos gestos da vida quotidiana”, afirmou a realizadora.

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