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Brasil chama embaixador em Israel em meio a disputa diplomática: relatório

Brasil chama embaixador em Israel em meio a disputa diplomática: relatório

A guerra em Gaza foi desencadeada pelo ataque do Hamas em 7 de outubro ao sul de Israel (Arquivo)

Brasília, Brasil:

O Brasil chamou de volta seu embaixador em Israel, disse uma fonte diplomática à AFP na quarta-feira, aumentando as tensões entre os dois países por causa da guerra de Israel em Gaza.

O conflito que já dura quase oito meses azedou os laços diplomáticos de Israel com vários países, incluindo o Brasil, cujo presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusou em fevereiro o governo do país de genocídio.

Israel reagiu furiosamente, declarando o líder brasileiro persona non grata.

Israel já havia convocado o embaixador do país sul-americano, Frederico Meyer, para uma reunião no centro memorial do Holocausto Yad Vashem, em Jerusalém, onde foi repreendido publicamente em hebraico sem a presença de um tradutor, disse a fonte brasileira.

Esta “humilhação” a que Meyer foi submetido contribuiu para a sua retirada permanente, disse a fonte.

A fonte disse que não foram cumpridas as condições para que Meyer retorne a Israel e não há planos imediatos para substituí-lo.

O Brasil agora será representado em Israel pelo diplomata Fabio Farias.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel disse em comunicado que ainda não recebeu “uma notificação oficial sobre o assunto”.

Farias “será convocado amanhã ao Itamaraty para reunião sobre o tema”, disse o ministério.

Clamor crescente

Lula, uma voz proeminente do sul global, cujo país detém atualmente a presidência rotativa do G20, enfrentou resistência interna da extrema direita por causa dos seus comentários.

No entanto, recebeu apoio noutras partes da América Latina, nomeadamente do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que chegou ao ponto de cortar relações com Israel.

Tanto o Brasil como a Colômbia apoiaram a queixa da África do Sul contra Israel ao Tribunal Internacional de Justiça em Haia, alegando que o ataque a Gaza equivalia a uma violação da Convenção do Genocídio.

A guerra em Gaza foi desencadeada pelo ataque do Hamas, em 7 de outubro, ao sul de Israel, que resultou na morte de 1.189 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em números oficiais israelitas.

Os militantes também fizeram 252 reféns, 121 dos quais permanecem em Gaza, incluindo 37 que o exército afirma estarem mortos.

A ofensiva retaliatória de Israel matou pelo menos 36.171 pessoas em Gaza, a maioria civis, segundo o ministério da saúde do território.

Na sexta-feira, Lula expressou sua “tremenda tristeza” depois que o exército israelense anunciou que recuperou os corpos de três reféns, incluindo o de um cidadão israelense-brasileiro, Michel Nisenbaum.

Ele acrescentou que estava “comprometido com os esforços para libertar todos os reféns e para alcançar um cessar-fogo e a paz para o povo de Israel e da Palestina”.

À medida que a guerra se arrastava, Israel enfrentava um crescente clamor global, com a oposição a aumentar à medida que o foco da guerra se voltava para Rafah, a última cidade de Gaza a assistir a combates terrestres.

Antes do início da ofensiva de Rafah, em 7 de Maio, as Nações Unidas tinham alertado que cerca de 1,4 milhões de pessoas estavam abrigadas na cidade. Desde então, um milhão de pessoas fugiram da área, afirmou a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA).

O conflito também reavivou um impulso global para que fosse dado aos palestinos um Estado próprio.

Noruega, Espanha e Irlanda reconheceram formalmente na terça-feira um Estado da Palestina, rompendo com a posição de longa data das potências ocidentais de que um Estado palestino só pode surgir como parte de uma paz negociada com Israel.

Israel criticou a medida como uma “recompensa” para o Hamas.

(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)

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