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KKR assegura controlo de 78,9% da Greenvolt e lança oferta de compra das ações restantes

A norte-americana KKR concluiu esta sexta-feira a operação de compra das posições que eram detidas pelos maiores acionistas da portuguesa Greenvolt e alcançou uma posição de controlo, direto e indireto, de 78,9% da empresa de energias renováveis, avançando agora para uma oferta de aquisição das ações dos acionistas minoritários.

Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a KKR, através da sociedade-veículo GammaLux (com sede no Luxemburgo), indica que concluiu esta sexta-feira a compra de 84,7 milhões de ações da Greenvolt (60,86% do capital da empresa) que pertenciam aos seus principais acionistas, a Actium Capital, Caderno Azul, Livrefluxo, Promendo, V-Ridium, KWE e 1 Thing Investments.

Estas aquisições haviam sido acordadas em dezembro de 2023, mas só agora ficaram finalizadas. Em paralelo, a KKR celebrou um contrato com o banco Mediobanca, mediante o qual este foi adquirindo ações da Greenvolt no mercado, atingindo até agora 18,04%.

Considerando o somatório dessas operações, a KKR assegurou o controlo de 78,9% da Greenvolt.

Com a compra dos quase 61% que estavam nas mãos dos maiores acionistas da Greenvolt, a KKR vê-se agora obrigada a lançar uma oferta pública de aquisição das restantes ações da empresa, o que inclui as que estão nas mãos de pequenos investidores e também as do Mediobanca (ainda que o controlo dos direitos de voto deste último pacote já esteja assegurado).

Oferta supera valor mínimo estipulado para EY

No comunicado à CMVM a KKR anuncia uma contrapartida de 8,3 euros por ação, que fica acima dos 7,3 euros que a auditora EY havia estipulado, a 4 de abril, como contrapartida mínima. O valor está praticamente em linha com a cotação de fecho das ações esta sexta-feira (8,305 euros).

A EY, recorde-se, foi selecionada pela CMVM como perito independente para fixar um valor mínimo a oferecer pela KKR aos pequenos acionistas, caso a empresa norte-americana fosse bem sucedida na operação prévia de aquisição do controlo da Greenvolt por via da compra das participações dos acionistas principais da empresa.

No seu comunicado, o grupo norte-americano enfatiza que a contrapartida agora oferecida para adquirir os restantes 21,1% da Greenvolt não só fica 13,7% acima do valor mínimo definido pela EY, como também equivale a um prémio de 32,1% face ao preço médio das ações da Greenvolt nos seis meses anteriores ao anúncio da oferta de aquisição (20 de dezembro de 2023).

Além disso, a contrapartida representa um prémio de 95,3% face ao valor com que as ações da Greenvolt entrarem em bolsa em julho de 2021, de 4,25 euros por ação.

Se a KKR vier a conseguir mais de 90% do capital da Greenvolt avançará para a retirada de bolsa da empresa portuguesa de energias renováveis.

Liderada por João Manso Neto (que em entrevista ao Expresso já admitiu ser sua vontade continuar à frente da gestão da empresa), a Greenvolt tem o seu negócio centrado na produção de eletricidade a partir de centrais de biomassa, parques eólicos e centrais solares.

A empresa nasceu a partir das centrais de biomassa que pertenciam ao grupo Altri, cujos acionistas decidiram autonomizar o negócio de energia numa nova empresa, na qual mantiveram posições de controlo mesmo depois da entrada em bolsa.

Atualmente, a Greenvolt tem uma capitalização bolsista superior a 1,1 mil milhões de euros, sendo uma das cinco empresas de energia que integram o índice de referência da bolsa portuguesa, o PSI, a par com a EDP, EDP Renováveis, Galp e REN.

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