Jannik Sinner, da Itália, reage após marcar um ponto contra Christopher O’Connell, da Austrália, durante a terceira rodada do campeonato de tênis do US Open, sábado, 31 de agosto de 2024, em Nova York. (Foto AP/Julia Nikhinson)
NOVA YORK — Jannik Sinner não deu ao seu oponente da terceira rodada do US Open no sábado, Chris O’Connell, nem um momento para pensar em realizar o tipo de virada monumental que eliminou Novak Djokovic e Carlos Alcaraz.
“Isso mostra que esse esporte é imprevisível. Sempre que você cai um pouco do seu nível — seja mental, seja em tênis ou físico — no final, isso tem um impacto enorme no resultado”, disse Sinner. “Ambos os oponentes contra os quais eles perderam, eles jogaram um tênis incrível. E isso acontece.”
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Não para o Sinner, número 1 do ranking, que de repente é o favorito para vencer o campeonato masculino em Flushing Meadows. Ele venceu os primeiros cinco jogos e 21 dos primeiros 29 pontos para deixar bem claro como as coisas iriam no Arthur Ashe Stadium e garantiu uma vitória de 6-1, 6-4, 6-2 sobre O’Connell em menos de duas horas.
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“Senti que ele estava ligado desde o começo”, disse O’Connell. “Senti-me um pouco sem noção, para ser honesto. … Em cada cena, eu simplesmente sentia que tinha que fazer algo com ela, porque ele estava em cima de mim. Ele estava me sufocando.”
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Entrando em quadra menos de 15 horas após a derrota de Djokovic para Alexei Popyrin, e dois dias após a derrota de Alcaraz para Botic van de Zandschulp, Sinner foi tão dominante quanto possível em todas as facetas do esporte. Com a 23 vezes campeã de majors Serena Williams assistindo de uma suíte Ashe, Sinner fez 15 aces. Ele nunca enfrentou um break point. Ele venceu cinco dos 12 games de serviço de O’Connell. Ele terminou com mais do que o dobro de winners, 46, do que erros não forçados, 22.
“O melhor tenista com quem já joguei, com certeza”, disse O’Connell, de 30 anos.
O único ex-campeão masculino do US Open ainda na chave, o vencedor de 2021, Daniil Medvedev, estava escalado para entrar em ação à noite.
A primeira colocada no ranking, Iga Swiatek, que conta com o título de 2022 em Flushing Meadows entre seus cinco troféus de Grand Slam, derrotou a 25ª cabeça de chave Anastasia Pavlyuchenkova por 6-4 e 6-2 para chegar à quarta rodada do US Open pelo quarto ano consecutivo.
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No início do sábado, Jasmine Paolini se juntou a Coco Gauff como as únicas mulheres a chegar pelo menos à quarta rodada em todos os majors em 2024, chegando tão longe no US Open pela primeira vez com uma vitória por 6-3 e 6-4 sobre a cabeça de chave número 30, Yulia Putintseva.
A quinta cabeça de chave Paolini foi a vice-campeã do Aberto da França em junho e de Wimbledon em julho e agora enfrenta a finalista do Aberto da França de 2023, Karolina Muchova. Também avançaram a nº 6 Jessica Pegula, a nº 16 Liudmila Samsonova, a nº 18 Diana Shnaider e a campeã do Aberto da Austrália de 2018, Caroline Wozniacki.
Desde que perdeu o primeiro set que jogou em Nova York, contra Mackie McDonald — que também foi o primeiro set que Sinner jogou desde que surgiram notícias de um caso de doping que envolveu dois testes positivos em março para traços de um esteroide anabolizante proibido — o italiano de 23 anos teve um desempenho impecável, perdendo um total de 18 games em nove sets.
Tentando conquistar seu segundo título de Grand Slam do ano após ganhar o primeiro de sua carreira no Aberto da Austrália em janeiro, Sinner enfrentará o nº 14 Tommy Paul, dos Estados Unidos, na quarta rodada na segunda-feira. Paul derrotou o qualificador canadense Gabriel Diallo por 6-7 (5), 6-3, 6-1, 7-6 (3).
“Ele é um grande movimentador. Ele melhorou muito no último período de tempo. Vai ser um desafio difícil”, disse Sinner sobre enfrentar Paul, um semifinalista do Aberto da Austrália de 2023. “Ele joga um ótimo tênis, especialmente aqui na América.”
Talvez houvesse alguma cautela da parte de Sinner indo para o sábado, dados os eventos recentes. Esta é, afinal, apenas a terceira vez na era Open (as outras foram em 1973 e 2000) que dois dos três homens cabeças de chave foram embora antes da quarta rodada.
Então Sinner acordou como o homem considerado mais provável de vencer o US Open, um status que pertencia ao nº 3 Alcaraz — o campeão do Aberto da França e de Wimbledon nesta temporada — antes do torneio começar. O nº 2 Djokovic — o atual campeão e dono de um recorde masculino de 24 troféus importantes — subiu no topo das probabilidades quando Alcaraz foi mandado para casa na quinta-feira à noite, apenas para abrir mão disso após sua própria eliminação precoce na sexta-feira à noite.
O’Connell, que ocupa o 87º lugar no ranking, tinha esperanças de produzir mais uma surpresa, mesmo nunca tendo derrotado um membro do top 10 ou passado da terceira rodada de um Grand Slam.
O que van de Zandschulp e Popyrin fizeram permitiu que O’Connell sonhasse em produzir algo semelhante contra Sinner.
“Quer dizer, sim, eu tenho que acreditar”, disse O’Connell, “mas eu simplesmente senti que ele estava realmente pegando fogo”.
Há algo bem difícil em tentar dar sequência a uma vitória melhor da carreira com outra, e van de Zandschulp realmente não apareceu no sábado, eliminado pelo nº 25 Jack Draper por 6-3, 6-4, 6-2. Draper, um canhoto de 22 anos da Grã-Bretanha, nunca passou da quarta rodada de um major, e nem seu próximo oponente, o não cabeça de chave Tomas Machac, um vencedor de 6-3, 6-1, 6-2 contra David Goffin.
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“Depois da partida (contra o Alcaraz), foi um pouco louco”, disse van de Zandschulp. “Você tenta pensar na próxima partida, mas se lembra muito da partida do dia anterior. Então, é claro que foi difícil jogar hoje depois dos últimos dois dias.”
