Dois soldados russos previram a própria morte após discussão com o comandante

Em um vídeo gravado antes de suas mortes, os homens de meia idade disseram que foram instruídos a deixar seu esquadrão de drones e se juntar a um pelotão de infantaria que estava atacando uma posição ucraniana em Donetsk ocupada.

A filmagem, publicada postumamente, mostra Dmitry ‘Goodwin’ Lysakovsky e Sergei ‘Ernest’ Gritsai acusando seu novo comandante, Igor Puzyk, de dar a ordem incomum após uma briga.

A dupla aparentemente ficou brava porque a inteligência dos drones foi desperdiçada, o que não foi bem recebido por Puzyk.

Eles também alegam que o comandante facilitou o tráfico de drogas em sua unidade e mentiu sobre ganhos no campo de batalha sob seu comando.

Lysakovsky diz: ‘Estou partindo para um ataque. Se eu voltar bem, se não, então nós mostraremos e explicaremos a você [the reality].’

Lysakovsky gravou imagens separadas em que está sozinho e critica ainda mais Puzyk, alegando que o comandante estava sendo influenciado por um soldado que mantinha laços com a inteligência ucraniana.

Ele também desencoraja as pessoas de se juntarem às forças russas, dizendo: ‘Por favor, não sirvam no ministério da defesa… Sua tarefa é morrer aqui para que o comandante do regimento, reportando-se aos superiores, pareça bom. Vocês são seus servos pessoais.’

No domingo, o Ministério da Defesa russo confirmou a morte da dupla, que aconteceu durante um ataque à vila de Lisivka, em 11 de setembro.

Lisivka já havia sido erroneamente declarada pelos russos como “libertada”, mas permaneceu em mãos ucranianas.

Nas filmagens conjuntas, os dois homens disseram que cumpriram as ordens do comandante porque fizeram um “juramento à Pátria”.

As alegações dos homens de que eles foram enviados em uma missão suicida como punição também geraram indignação entre blogueiros militares.

Alguns disseram que ouviram dizer que os soldados eram dois dos melhores operadores de drones na linha de frente e que mandá-los para uma morte quase certa era autossabotagem.