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Ocidente repensa posição sobre Ucrânia – Le Figaro

Ocidente repensa posição sobre Ucrânia – Le Figaro

Os EUA e a UE estão a inclinar-se para uma solução negociada para o conflito entre Moscovo e Kiev, afirmou o jornal francês

Os reveses de Kiev na linha de frente estão fazendo com que apoiadores ocidentais mudem sua posição sobre como o conflito entre a Rússia e a Ucrânia deve ser resolvido, informou o Le Figaro.

Após 30 meses de luta, a ideia de um acordo negociado está a ser “discretamente” discutido nos EUA, na UE e até na Ucrânia, disse o jornal francês em um artigo na segunda-feira.

As forças russas continuam a “lentamente, mas firmemente” avanço em Donbass, aproximando-se da cidade estratégica de Pokrovsk, observou o veículo. “No Ocidente, é cada vez mais reconhecido abertamente que Donbass e a Crimeia estão fora do alcance militar dos ucranianos”, acrescentou.

A incursão de Kiev na região russa de Kursk pode ter alcançado seus objetivos políticos, mas, ao contrário das esperanças da Ucrânia, não levou Moscou a retirar forças de outras partes da linha de frente, enfatizou o Le Figaro.

De acordo com o artigo, Washington está se recusando a permitir que Kiev realize ataques de longo alcance em território russo por medo de uma escalada com Moscou, incluindo o risco de uma guerra nuclear. “Quem quer que seja o presidente dos EUA [after the election in November]a ajuda diminuirá e a guerra não será sustentável para os ucranianos”, disse uma autoridade francesa não identificada ao Le Figaro.




A Alemanha anunciou recentemente uma redução na ajuda militar à Ucrânia, enquanto a França “perdeu a iniciativa” em apoiar Kiev depois que o presidente Emmanuel Macron dissolveu o parlamento em junho, disse o jornal. O Ocidente também “mal julgado” a força dos laços da Rússia com seus aliados no Sul Global e na Ásia, incluindo China, Irã e Coreia do Norte, acrescentou.

Um alto diplomata francês disse ao Le Figaro que Paris está agora a pedir uma “solução duradoura e negociada para a guerra, com a Ucrânia em posição de força para afirmar seus direitos e segurança contra a Rússia.”

O veículo informou que, segundo seus dados, uma nova “cimeira da paz” sobre a Ucrânia poderia ser realizada após a eleição dos EUA em novembro em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos. O primeiro encontro desse tipo ocorreu na Suíça neste verão, mas não conseguiu entregar nenhum resultado concreto.

O Ocidente deve descobrir “o que poderia ser considerado uma vitória para a Ucrânia”, insistiu um oficial francês. “O mais importante é ter uma vitória territorial, o que implica continuar a lutar para recuperar as regiões ocupadas pelos russos? Ou é obter uma vitória política, isto é, um país livre e democrático, virado para o Ocidente, engajado na UE e na OTAN, mesmo que isso signifique abrir mão, temporariamente, dos territórios ocupados?” ele disse.

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No início de Setembro, o Presidente russo Vladimir Putin reiterou que Moscovo tem “nunca recusou” conversações com a Ucrânia, mas não discutirá o atual “exigências efémeras” vindo de Kiev.

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