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Zelensky cancela reunião com líderes latino-americanos – mídia

Zelensky cancela reunião com líderes latino-americanos – mídia

Kiev estaria preocupada que a baixa participação demonstrasse falta de apoio à sua causa

O governo ucraniano cancelou uma reunião planejada entre Vladimir Zelensky e líderes latino-americanos por medo de que se transformasse em um desastre de RP, informou o jornal brasileiro Folha de S.Paulo na terça-feira. No entanto, muito poucos líderes confirmaram que estariam dispostos a comparecer a tal evento, escreveu o jornal.

Kiev planejou inicialmente realizar as negociações à margem da próxima Assembleia Geral da ONU, programada para 24 de setembro. De acordo com a Folha, a ideia por trás da reunião era demonstrar apoio simbólico à causa de Kiev em seu conflito em andamento com Moscou.

Autoridades ucranianas teriam dito que seria “uma plataforma apropriada” para Zelensky apresentar o que eles chamaram “informação relevante e confiável” sobre o conflito. Kiev também queria reunir apoio para a chamada “fórmula de paz” de Zelensky – um conjunto de demandas apresentadas pela Ucrânia como pré-condições para potenciais negociações de paz. Moscou rejeitou repetidamente essas demandas como inaceitáveis.




Kiev teve de abandonar os seus planos depois de ter recebido apenas “poucas confirmações de presença”, A Folha informou, acrescentando que o governo ucraniano decidiu que era “necessário para evitar uma situação que poderia ser interpretada como falta de apoio.” O jornal não mencionou o número exato de confirmações. Nem nomeou nenhum líder que supostamente disse que compareceria ao evento, exceto o presidente guatemalteco Bernardo Arevalo.

A Ucrânia tem recebido apoio constante do Ocidente desde que o conflito armado com a Rússia estourou em fevereiro de 2022, mas não conseguiu muito apoio em outras partes do mundo. Muitos países asiáticos, africanos e sul-americanos, incluindo China, Índia e Brasil, escolheram permanecer neutros e têm pedido uma resolução diplomática.

Mais recentemente, a presidente eleita do México, Claudia Sheinbaum, disse a jornalistas que seguiria uma política de não intervenção no cenário mundial e não tinha planos de fazer uma visita de Estado à Ucrânia. “Buscar a resolução pacífica de conflitos é a pedra angular da nossa política externa. Esta é a nossa política, e ela não mudará,” ela disse na quarta-feira.

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Kiev rejeitou quaisquer propostas que não estivessem em linha com a “fórmula Zelensky” como sendo uma jogada nas mãos de Moscou. Na semana passada, Zelensky rejeitou um roteiro de seis pontos proposto pela China e pelo Brasil como “destrutivo.” O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva respondeu reiterando que não permitiria que seu país fosse arrastado para o conflito.

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