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A bioeconomia da Índia atinge US$ 151 bilhões e está entre as 5 maiores do mundo

A bioeconomia da Índia experimentou um crescimento significativo, atingindo uma avaliação de US$ 151 bilhões até o final de 2023, de acordo com um novo relatório, que disse que o aumento destaca o papel crítico da bioeconomia no desenvolvimento nacional, contribuindo com 4,25% para o PIB do país e posicionando a Índia entre as cinco principais bioeconomias globais.

O relatório, preparado pelo Conselho de Assistência à Pesquisa da Indústria de Biotecnologia (BIRAC) e pela Associação de Empresas Lideradas pela Biotecnologia (ABLE), descreve avanços transformadores em biotecnologia, inovação agrícola, assistência médica e biofabricação, impulsionando a expansão do setor.

Foi lançado durante uma sessão no Global Bio-India Summit 2024.

O relatório disse que a bioeconomia da Índia experimentou um crescimento significativo, atingindo uma avaliação de US$ 151 bilhões até o final de 2023.

“Este aumento destaca o papel crítico da bioeconomia no desenvolvimento nacional, contribuindo com 4,25% para o PIB do país e posicionando a Índia entre as cinco principais bioeconomias globais”, afirmou.

Um dos principais impulsionadores desse crescimento foi a Política BioE3 (Biotecnologia para Economia, Meio Ambiente e Emprego), afirmou o relatório, observando que a política se concentra em produtos químicos de base biológica, bioterapêuticos de precisão, agricultura resiliente ao clima e pesquisa avançada em tecnologias marinhas e espaciais.

Rajesh S Gokhale, Secretário do DBT, Presidente do BIRAC e DG-BRIC, disse que o relatório de bioeconomia da Índia 2024, lançado na 4ª edição da Global Bio India, marca um momento crucial na jornada da Índia para se tornar um líder global em biotecnologia.

“O relatório destaca o crescimento da bioeconomia da Índia de US$ 10 bilhões em 2014 para US$ 151 bilhões até 2023, impulsionado pela crescente demanda por vacinas e biofármacos. Com a nova Política BioE3, estamos prontos para acelerar esse ímpeto, visando atingir US$ 300 bilhões até 2030. Este relatório estabelece a base para a biorrevolução da Índia e destaca nosso caminho em direção à liderança global em biotecnologia”, disse Gokhale à PTI.

O relatório também enfatiza o uso de Inteligência Artificial (IA) na biofabricação, com planos para criar centros de biofabricação e bio-IA.

Espera-se que esses esforços criem novas oportunidades de emprego, especialmente em cidades de nível II e III, ao mesmo tempo em que apoiam a integração da biotecnologia em vários setores, afirmou o relatório.

O setor bioindustrial continua sendo o maior contribuinte para a bioeconomia da Índia, respondendo por US$ 72,6 bilhões ou 48,09% do mercado total, disse o relatório.

Este setor inclui biocombustíveis, bioplásticos e aplicações enzimáticas em indústrias como têxteis e detergentes. Os biocombustíveis, em particular, tiveram um aumento acentuado, com a capacidade de produção de etanol aumentando para 13,8 bilhões de litros em 2023, tornando a Índia o terceiro maior produtor mundial de etanol.

O programa Ethanol Blended Petrol (EBP), que promove a produção nacional de etanol, tem sido fundamental para reduzir a dependência da Índia de combustíveis importados e aumentar a segurança energética, acrescentou o relatório.

O setor biofarmacêutico também teve um crescimento impressionante, contribuindo com US$ 53,8 bilhões ou 35,65% para a bioeconomia.

A capacidade de fabricação de vacinas da Índia continua a ser líder global, com empresas como o Serum Institute of India (SII) produzindo mais de 3 bilhões de doses anualmente. Grandes avanços, como a vacina contra malária R21/Matrix-M e a primeira vacina quadrivalente contra o Papilomavírus Humano (HPV) da Índia, destacaram a proeza da Índia na produção de vacinas.

O segmento de diagnósticos e dispositivos médicos, que cresceu para US$ 19,4 bilhões, também desempenhou um papel crucial no enfrentamento dos desafios da saúde, principalmente por meio de avanços na detecção precoce de doenças e na medicina personalizada, afirmou o relatório.

No setor bioagri, que respondeu por US$ 12,44 bilhões (8,24 por cento), a biotecnologia agrícola continua a impulsionar inovações em práticas agrícolas sustentáveis. Tecnologias de agricultura de precisão, como culturas geneticamente modificadas e produtos de base biológica, como biopesticidas, estão sendo cada vez mais adotadas para aumentar a produtividade agrícola.

“O algodão Bt continua sendo um exemplo importante de como a biotecnologia está melhorando a resiliência e a produtividade das culturas, contribuindo para o crescimento da agricultura sustentável na Índia”, disse o relatório.

O setor de biosserviços da Índia, avaliado em US$ 12,1 bilhões (8,02%), emergiu como um sistema de suporte essencial para a bioeconomia, fornecendo pesquisas contratadas, ensaios clínicos e serviços de software de biotecnologia, afirmou o relatório.

“Este segmento cresceu 30 por cento em 2023, refletindo o papel de expansão da Índia como um centro global de pesquisa e desenvolvimento. Espera-se que o crescimento do setor continue, com a crescente demanda por pesquisa terceirizada e biosserviços especializados que ajudam a acelerar a comercialização de produtos”, acrescentou o relatório.

Olhando para o futuro, o relatório disse que a bioeconomia da Índia deve continuar sua expansão robusta, visando uma avaliação de US$ 300 bilhões até 2030.

“Esse crescimento será impulsionado por avanços em setores como bioindustrial, biofarmacêutico e bioagrícola, juntamente com políticas governamentais estratégicas, como a iniciativa BioE3. A bioeconomia também está projetada para dar suporte a mais de 35.000 startups e criar 35 milhões de empregos até o final da década, ressaltando seu potencial como um impulsionador essencial do desenvolvimento sustentável e do crescimento econômico da Índia”, disse.

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