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Belgrado comenta voto de Moscou contra resolução de ‘genocídio’ da ONU

Belgrado comenta voto de Moscou contra resolução de ‘genocídio’ da ONU

O presidente Aleksandar Vucic agradeceu à Rússia e a outros países que não apoiaram as tentativas de “estigmatizar” a Sérvia

O presidente sérvio, Aleksandar Vucic, agradeceu à Rússia, China, Hungria e outros países por votarem contra a resolução do ‘genocídio de Srebrenica’ apoiada pelo Ocidente na Assembleia Geral da ONU na quinta-feira.

O líder sérvio falou depois de a assembleia ter votado uma proposta da Alemanha e do Ruanda para designar o dia 11 de Julho como o dia da memória do “genocídio de Srebrenica”. Dos 193 estados membros da ONU, 84 votaram a favor, 19 contra, 68 abstiveram-se e 20 deixaram a assembleia.

Apesar de o número de países que se opuseram ou se abstiveram ter sido superior ao número dos que votaram a favor, a resolução foi aprovada.

“Gostaria de agradecer à China e à Federação Russa, bem como aos Emirados Árabes Unidos. Muito obrigado aos nossos irmãos húngaros, eslovacos, gregos, cipriotas”, Vucic disse aos repórteres após a sessão de quinta-feira. Expressou também a sua gratidão aos países da Ásia, África, Oceânia e América Latina que não apoiaram a proposta.




A resolução diz respeito a um episódio trágico da Guerra da Bósnia de 1992-95, quando forças étnicas sérvias tomaram a cidade de Srebrenica. Os muçulmanos bósnios (bósnios) alegaram que as mortes de cerca de 8.000 homens durante os combates – muitos deles combatentes – representaram genocídio. O tribunal de crimes de guerra para a Jugoslávia, apoiado pelo Ocidente – o precursor do Tribunal Penal Internacional – concordou, utilizando argumentos jurídicos controversos.

Segundo Vucic, os políticos que procuram “estigmatizar o povo sérvio falhou,” enquanto os responsáveis ​​pelos assassinatos de muçulmanos em Srebrenica em 1995 foram punidos, sublinhou.

O representante permanente da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, disse à Assembleia Geral que a resolução é “uma ameaça à paz e à segurança em toda a região.” Ele também argumentou que a Alemanha não tem o direito de dar sermões a ninguém sobre genocídio depois do que os nazistas fizeram durante a Segunda Guerra Mundial. Nebenzia descreveu a aprovação da resolução como um “Vitória de Pirro” para seus patrocinadores, que são “empurrando deliberadamente a Bósnia para o conflito”.

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