Um novo estudo sugere que apenas um punhado de pessoas usa regularmente ferramentas baseadas em IA, como ChatGPT, Copilot e Gemini. Pesquisadores do Reuters Institute e da Universidade de Oxford entrevistaram cerca de 12 mil pessoas e observaram que os jovens entre 18 e 24 anos estavam mais ansiosos para usar a nova tecnologia.
De acordo com um questionário online oferecido na Argentina, Dinamarca, França, Japão, EUA e Reino Unido, apenas dois por cento dos britânicos que participaram no inquérito afirmam utilizar diariamente ferramentas alimentadas por IA.
O estudo, que se concentrou em ferramentas generativas de IA como o ChatGPT, sugere que os optimistas dizem que a nova tecnologia contribuirá para o crescimento económico e ajudará a inventar novos medicamentos que salvam vidas, enquanto os pessimistas sugerem que a IA é uma ameaça à existência humana. Além disso, a maioria das pessoas permaneceu pessimista quando questionadas se a IA melhoraria ou pioraria as suas vidas.
Em comunicado ao BBC, o principal autor da pesquisa, Dr. Richard Fletcher, disse que havia uma “incompatibilidade” entre o “exagero” sobre a IA e o “interesse público” na tecnologia. “As pessoas estão geralmente optimistas quanto à utilização da IA generativa na ciência e na saúde, mas mais cautelosas quanto à sua utilização nas notícias e no jornalismo, e preocupadas com o efeito que poderá ter na segurança do emprego”, acrescentou.
Fletcher também disse que uma grande parte da população em geral não está interessada em IA e que 30 por cento dos participantes entrevistados que vivem no Reino Unido disseram nunca ter ouvido falar de ferramentas de IA como o ChatGPT.
Embora a IA já exista há algum tempo, a tecnologia foi popularizada recentemente por ferramentas como o ChatGPT da OpenAI, um chatbot que recebe texto e imagens como entrada e pode responder às suas perguntas de uma maneira natural e humana.
