A principal figura do Hamas, Faiq Mabhuoch, também foi morto durante uma operação no hospital de Gaza na segunda-feira.

Tel Aviv:

Os militares de Israel disseram que 20 agentes palestinos foram mortos na segunda-feira e muitos foram detidos durante uma operação no hospital Al-Shifa, na cidade de Gaza, que tinha como alvo “terroristas seniores do Hamas”.

Soldados chegaram com tanques e ataques aéreos atingiram a área ao redor do maior centro médico do território governado pelo Hamas, um complexo lotado de pacientes e deslocados.

“Durante a operação prendemos mais de 200 suspeitos de terrorismo e eles estão atualmente sob investigação”, disse o contra-almirante Daniel Hagari, porta-voz militar de Israel, em comunicado televisionado.

“Eliminamos mais de 20 terroristas dentro do complexo hospitalar” e outros 20 “na área ao redor do hospital”, disse Hagari.

Entre os mortos estava Fayq al-Mabhouh, que Hagari disse ser “chefe de operações especiais da organização de segurança interna do Hamas”. Uma fonte policial de Gaza confirmou a sua morte, dizendo que Mabhouh era um general de brigada da força.

Falando na noite de segunda-feira, Hagari disse que os soldados israelenses estavam “continuando as operações dentro do complexo hospitalar esta noite”.

A última operação militar em torno do hospital – que foi invadido por tropas israelitas antes de, em Novembro, provocar protestos internacionais – provocou o alarme da Organização Mundial de Saúde.

“Estamos terrivelmente preocupados com a situação no Hospital Al-Shifa, no norte de Gaza”, escreveu o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no X, antigo Twitter.

“Os hospitais nunca deveriam ser campos de batalha.”

Um jornalista da AFP testemunhou ataques aéreos contra edifícios na área ao redor do hospital e relatou ter visto “centenas de pessoas, principalmente crianças, mulheres e idosos, fugindo de suas casas”.

Israel disse repetidamente que o complexo abrigava uma base subterrânea de controle do Hamas, uma afirmação negada pelos militantes.

– Hospitais fora de serviço –

Hagari disse que abrigava militantes do Hamas, incluindo comandantes que “transformaram o local em um centro de comando a partir do qual despacharam e administraram operações terroristas e administraram o combate”.

Tedros disse que Al-Shifa “só recentemente restaurou os serviços de saúde mínimos”.

A maioria dos hospitais de Gaza já não funciona, segundo as Nações Unidas.

Fayq al-Mabhouh é irmão de Mahmoud al-Mabhouh, um dos fundadores do braço armado do Hamas, segundo familiares.

Mahmoud al-Mabhouh foi morto em 2010 em Dubai, num ataque que os investigadores dos Emirados Árabes Unidos suspeitaram ter sido obra da Mossad, a agência de espionagem israelita.

Na segunda-feira, o exército divulgou um vídeo mostrando o que dizia serem armas e dinheiro apreendidos de Al-Shifa e usados ​​pelo Hamas e outro grupo armado, a Jihad Islâmica.

Em Janeiro, o exército de Israel disse ter “concluído o desmantelamento” da estrutura de comando do Hamas no norte da Faixa de Gaza, onde Al-Shifa está localizado.

Os militares realizaram operações em outros hospitais em Gaza desde o início da guerra, em 7 de outubro, quando militantes do Hamas atacaram Israel a partir de Gaza.

O ataque sem precedentes resultou em cerca de 1.160 mortes em Israel, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses.

Militantes de Gaza também capturaram cerca de 250 reféns, dos quais Israel acredita que 130 permanecem em Gaza, incluindo 33 que são considerados mortos.

Israel levou a cabo uma campanha de bombardeamentos implacável e uma ofensiva terrestre que, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, matou pelo menos 31.726 pessoas, a maioria delas mulheres e crianças.

(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)

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