Viagem seria a convite do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu
Jair Bolsonaro (PL) pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraesa liberação de seu passaporte. O motivo seria uma viagem para Israel, a convite do primeiro-ministro Benjamim Netanyahu. A solicitação foi feita na semana passada, antes do ex-presidente passar duas noites na embaixada da Hungria, em Brasília.
Na petição, os advogados de Bolsonaro anexaram um convite assinado por Netanyahu para justificar a viagem. No documento, o primeiro-ministro de Israel pede que o ex-presidente do Brasil visite o país entre 14 e 18 de maio, daqui a mais de um mês.
Se a possibilidade de liberação do passaporte já era pequena, talvez agora se torne ainda menor. Isso porque, na última segunda-feira, 25, o The New York Times revelou que Bolsonaro foi para a embaixada da Hungria poucos dias após ter tido o passaporte apreendido na operação Hora da Verdadeque investiga uma supsota tentativa de golpe de Estado.
Logo após as imagens das câmeras da embaixada serem veiculadas na mídia, Moraes, como relator da investigação, pediu explicações do ex-presidente. Em ofício, os advogados de Bolsonaro responderam que o político sempre teve boa relação com as autoridades húngaras.
“[Bolsonaro] sempre manteve interlocução próxima com as autoridades daquele país, tratando de assuntos estratégicos de política internacional de interesse do setor conservador”, diz nota. O corpo jurídico do ex-presidente ainda afirma ser “ilógico” pensar em tentativa de fuga.
“Diante da ausência de preocupação com a prisão preventiva, é ilógico sugerir que a visita do peticionário [Bolsonaro] à embaixada de um país estrangeiro fosse um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga. A própria imposição das recentes medidas cautelares tornava essa suposição altamente improvável e infundada”, destaca o comunicado.