Nem lucro, nem prejuízo. Zero euros: é este o resultado do banco central francês relativo a 2023. Será nulo o montante do imposto a pagar ao Estado por conta desse resultado, e será também zero o montante a atribuir ao Estado por via de dividendo. O resultado nulo da autoridade monetária francesa foi conseguido apesar de a operação da instituição ter gerado perdas operacionais: não ficou com prejuízo porque utilizou uma almofada que tinha constituído anteriormente.

O banco central francês não está sozinho. O caso é em praticamente tudo igual ao que se espera que aconteça com o Banco de Portugal, e que deverá mesmo confirmar-se a 16 de maio: resultado nulo com a cobertura das perdas operacionais pela utilização da provisão para riscos gerais. A notícia sobre esses resultados operacionais negativos do Banco de Portugal em 2023, avançada pelo Jornal de Negócios no dia do debate do Programa do Governo, levou o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, a mostrar-se surpreendido e preocupado. Mas foi exatamente isso que aconteceu também nas contas do próprio Banco Central Europeu (BCE).

Há um ano já houve perdas nos resultados dos bancos centrais e avisos de que tal iria ocorrer este ano. Um pouco por toda a zona euro, as contas dos bancos centrais que integram o universo do BCE apresentam resultados muito mais pressionados, com alguns bancos a mergulharem mesmo em prejuízos, como o da Áustria, e outros a anteciparem que a entrada no “vermelho” pode acontecer nos próximos anos, como na Alemanha.

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