Nascido no Porto, nove anos depois da Revolução dos Cravos, Daniel Moreira não viveu a madrugada do “dia inicial inteiro e limpo”. Mas escutou, sobre esse momento fundacional e sobre o anterior “tempo de silêncio e de mordaça”, várias histórias contadas pela família: o avô do compositor, comunista na clandestinidade, foi torturado pelo Estado Novo. O pai, em 1974, preparava-se “para fugir do país por causa da Guerra Colonial. Se não fosse a revolução, provavelmente não teria conhecido a minha mãe e eu não teria nascido”, escreve na nota de programa.

Fuente