O nível de endividamento público português vai prosseguir nos próximos seis anos a trajetória de queda iniciada em 2017. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o rácio da dívida pública no Produto Interno Bruto (PIB) desça de 99,1% registado no ano passado para 76,9% em 2029. No horizonte das projeções do Fiscal Monitor, apresentado esta quarta-feira em Washington DC, o endividamento cai 22,2 pontos percentuais, regressando perto da situação que existia em 2008.

A trajetória de queda projetada pela equipa do FMI chefiada pelo ex-ministro das Finanças Vítor Gaspar está alinhada, em grande medida, com as previsões avançadas esta semana no Programa de Estabilidade 2024-2028 (PE24/28) apresentado pelo novo ministro das Finanças Joaquim Miranda Sarmento. O PE24/28 foi enviado para a Assembleia da República com destino final para a Comissão Europeia.

Esta segunda fase do desendividamento português é possível porque os défices orçamentais não regressam até 2029 quer nas contas do Programa de Estabilidade de Sarmento quer nas previsões do Fiscal Monitor de Vítor Gaspar. O FMI avança com um quadro estável de excedentes modestos a partir do Orçamento de Estado ainda em vigor para 2024, assumindo que não há alteração de políticas orçamentais.

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