Com o agendamento do debate de urgência a partir do PS, já era esperado um ataque furtivo dos socialistas às medidas de alívio fiscal anunciadas pelo Governo – e que, afinal, deverão rondar os 300 milhões de euros. As críticas chegaram de todas as bancadas (à exceção do PSD e do CDS), mas foi Alexandra Leitão que lançou o mote: “Este é um Governo que menos de duas semanas depois de tomar posse já perdeu a credibilidade e minou a sua relação de confiança com os portugueses”atirou a líder parlamentar socialista na intervenção que abriu o debate desta quarta-feira, dia 17.

Às acusações de “embuste” e “logro”, o Governo e PSD apostaram sempre na mesma narrativa. Primeiro, negando que a AD tenha prometido um “choque fiscal” durante a campanha eleitoral e mentido aos portugueses e à comunicação social. E, segundo, insistindo que o programa de Governo prevê um alívio fiscal superior a 300 milhões.

“O Governo da AD limita-se a apresentar um mero ajuste, seis vezes inferior ao que já tinha sido implementado pelo executivo anterior. Feitas as contas, 88% da medida do PSD é do PS e já estava concretizada. Se isto não é um embuste o que será?”, atirou Alexandra Leitão. E deixou algumas perguntas ao Governo como o “real valor” do alívio fiscal ou o valor previsto para a baixa de IRC das empresas. Todas elas ficaram sem resposta por parte de Pedro Duarte, ministro dos Assuntos Parlamentares, que esteve presente no Parlamento (juntamente com os secretários de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Carlos Abreu Amorim, e dos Assuntos Fiscais, Cláudia Reis Duarte) substituindo o ministro das Finanças que se encontrava nos EUA para participar numa reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI). Ausência notada e criticada pelo PS, Chega e PAN.

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