Os mercados acionistas abriram esta sexta-feira na Ásia com o choque geopolítico de que Israel teria retaliado o Irão, aumentando significativamente o risco de guerra no Médio Oriente.

O índice MSCI para a região da Ásia Pacifico fechou com uma quebra de 1,7%, destacando-se as perdas mais avultadas em Tóquio, com o índice Nikkei 225 a perder 2,5%. Durante a sessão asiática, o preço do barril de petróleo de Brent, de referência na Europa, chegou a ultrapassar os 90 dólares, e a cotação do ouro escalou para 2.433 dólares por onça, um novo máximo histórico.

Entretanto, os mercados na Europa abriram no vermelho. Em Lisboa, o índice PSI está a perder 0,6%, no final da sessão da manhã. O índice mundial MSCI está a perder esta sexta-feira 0,4%, depois de ter fechado em terreno positivo na quinta-feira. O preço do petróleo e a cotação do ouro desceram dos níveis atingidos durante a sessão asiática, registando, agora, perto de 87 dólares por barril e 2394 dólares por onça respetivamente.

A agitação nos mercados asiáticos deveu-se às notícias de que Israel teria realizado ataques no Irão, Síria e Iraque durante esta madrugada. Entretanto, a agência de noticias iraniana Fars citou uma fonte oficial, sob condição de anonimato, de que, contudo, não havia confirmação oficial de que teria havido um “ataque externo” na região da base aérea estratégica de Qahjavarestan, perto de Isfahan, e das instalações subterrâneas de enriquecimento de urânio em Natanz. Entretanto, vários aeroportos iranianos foram fechados. A agência Fars não colocava de parte a possibilidade de operações de sabotagem, pois confirmou terem-se registado “três explosões”, que não teriam provocado “danos graves”.

As bolsas de Israel e da Arábia Saudita estão fechadas esta sexta-feira e só reabrem no domingo. Os futuros dos índices bolsistas em Nova Iorque estão no vermelho.

No mês de abril, as bolsas estão a ser castigadas em virtude do agravamento do clima geopolítico, nomeadamente no Médio Oriente, e da expetativa de que a Reserva Federal norte-americana, o banco central dos Estados Unidos, poderá adiar o primeiro corte de juros para setembro (45% de probabilidade) ou mesmo só para dezembro, como avançam esta sexta-feira os analistas do banco alemão Commerzbank. O índice mundial bolsista MSCI já perdeu 4,7% em abril.

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