Um Boeing anunciou um prejuízo de 355 milhões de dólares (332 milhões de euros ao câmbio atual) nos primeiros três meses deste ano. A empresa reportou uma queda de 7,5% nas receitas, que se situaram nos 15,5 mil milhões de euros.

A gigante aeroespacial tem estado a atravessar um momento difícil desde o incidente com o avião da Alaska Airlines, em janeiro, onde uma porta caiu durante o voo. As consequências deste incidente custaram à empresa 3,7 mil milhões de euros e as ações caíram cerca de um terço. E já esta quarta-feira, outro 737 foi forçado a fazer uma aterragem de emergência em Joanesburgo, África do Sul depois de uma das suas rodas se ter soltado pouco depois da descolagem.

“A curto prazo, sim, estamos a atravessar um momento difícil. A redução das entregas pode ser difícil para os nossos clientes e para as nossas finanças. Mas a segurança e a qualidade devem estar e estarão acima de tudo”, afirmou o CEO, David Calhoun num comunicado divulgado a par dos resultados financeiros. Calhoun já anunciou a sua intenção de deixar a liderança da Boeing no final deste ano.

Os resultados financeiros ligeiramente melhores do que o previsto não compensam o facto de a empresa enfrentar o escrutínio do Senado americano, dos reguladores e do público sobre a qualidade e a segurança dos seus aviões.

A Boeing não se esforça apenas por reparar a sua reputação gravemente afetada, como também por satisfazer as companhias aéreas que estão a ser prejudicadas por não receberem os aviões que lhes tinham sido prometidos.

“Estamos absolutamente empenhados em fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir que os nossos reguladores, clientes, funcionários e o público tenham 100% de confiança na Boeing”, continuou o CEO.

A Boeing tem até maio para apresentar um plano para a resolução dos problemas de segurança à Administração Federal de Aviação (FAA na sigla em inglês).

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