O TikTok está há anos na mira das autoridades americanas. (Representativo)

São Francisco:

O CEO da TikTok prometeu na quarta-feira lutar nos tribunais para derrubar uma lei recém-assinada nos EUA que poderia banir o popular aplicativo devido a alegações de que é controlado pelo governo da China.

A legislação dá ao TikTok nove meses para se desinvestir de sua controladora chinesa ByteDance ou ser excluído do mercado americano.

Os EUA e outras autoridades ocidentais alegaram que a plataforma de mídia social permite que Pequim colete dados e espione os usuários. Possui 170 milhões de usuários somente nos Estados Unidos, muitos deles jovens.

Os críticos dizem que o TikTok também é um canal para espalhar propaganda. A China e a empresa negam veementemente as alegações.

“Não se engane, isso é uma proibição. Uma proibição do TikTok e uma proibição de você e de sua voz”, disse o chefe do TikTok, Shou Zi Chew, em um vídeo postado no TikTok momentos depois que o presidente Joe Biden sancionou o projeto de lei.

“Os políticos podem dizer o contrário, mas não se confunda. Muitos dos que patrocinaram o projeto admitem que a proibição do Tiktok é o objetivo final.”

Chew chamou a medida de “irônica”, visto que a “liberdade de expressão no TikTok reflete os mesmos valores americanos que fazem dos Estados Unidos um farol de liberdade”.

“Fiquem tranquilos, não vamos a lugar nenhum”, disse Chew aos usuários da plataforma.

“Continuaremos lutando pelos seus direitos nos tribunais. Os fatos e a Constituição estão do nosso lado”.

A medida de proibição foi incluída num pacote de ajuda externa de 95 mil milhões de dólares, incluindo assistência militar à Ucrânia, Israel e Taiwan.

O projeto de lei, que poderia desencadear a rara medida de impedir uma empresa de operar no mercado dos EUA, foi aprovado no Senado por 79 votos a 18, três dias depois de ter sido aprovado na Câmara dos Representantes com forte apoio bipartidário.

De acordo com o projeto, a ByteDance teria que vender o aplicativo ou seria excluída das lojas de aplicativos da Apple e do Google nos Estados Unidos.

O TikTok está há anos na mira das autoridades americanas, que afirmam que a plataforma permite que Pequim espione usuários nos Estados Unidos.

O projeto de lei aprovado pelo Congresso também dá ao presidente dos EUA autoridade para designar outras aplicações como uma ameaça à segurança nacional se forem controladas por um país considerado hostil.

Elon Musk, o bilionário proprietário do X, antigo Twitter, se manifestou na semana passada contra o banimento do TikTok, dizendo que “fazer isso seria contrário à liberdade de expressão”.

(Exceto a manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e é publicada a partir de um feed distribuído.)

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