A plataforma que inclui cinco sindicatos dos enfermeiros saiu “ligeiramente optimista” da reunião que teve, esta sexta-feira, com a ministra da Saúde. Já que houve “abertura” por parte da ministra para “tentar solucionar os problemas que afectam a enfermagem”, disse Fernando Parreira, do Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem (SIPE).

Ao longo do dia, a ministra da Saúde vai reunir-se com os sindicatos representativos dos enfermeiros e termina a agenda com a audição do sindicato dos farmacêuticos.

A estrutura – que integra além do SIPE, o Sindicato de Enfermeiros, o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal, o Sindicato Independente de Todos os Enfermeiros Unidos e o Sindicato Nacional dos Enfermeiros – tinha marcado cinco dias de greve, que foram desmarcados depois de terem sido contactados pelo Ministério da Saúde para dar início ao processo negocial.

A próxima reunião será marcada até 27 de Maio, disse o representante do SIPE, referindo que até esta data irão enviar todas as reivindicações para que possam constar no programa negocial que irão negociar com o Governo. E que pretendem “ver negociadas num curto prazo de tempo”.

Na lista dos “principais” temas sobre os quais a plataforma quer começar a dialogar com o Governo estão “a revisão da grelha salarial, um acordo colectivo de trabalho – é a única classe no SNS que não tem -, reconhecer o risco e a penosidade através de compensações na aposentação, entre outras”, enumerou Fernando Parreira.

O responsável lembrou que existem algumas situações que estão no caderno reivindicativo que podem ser “resolvidas rapidamente”. “Já existe legislação para que sejam concretizadas, basta que o Ministério da Saúde emita orientações para que elas sejam cumpridas”, disse, dando o exemplo de questões relacionadas com a contagem do tempo para progressão na carreira.

Questionado sobre a disponibilidade da ministra para negociar, apontada pelos sindicatos médicos, que foram os primeiros a ser recebidos esta manhã, Fernando Parreira disse ter saído do encontro com a mesma sensação. “Esta ministra olhou-nos olhos nos olhos e olhou-nos como parceiros e não como adversários. Foi isso que aconteceu noutras negociações, sermos vistos como um adversário. Isso não pode acontecer”, afirmou.

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