A Rússia usou nove drones num ataque noturno contra um hotel que o Kremlin alegou abrigar “mercenários de língua inglesa”.
Estas alegações de combatentes estrangeiros, que os russos citaram das suas “tropas subterrâneas”, não foram verificadas.
Um ataque de drones Shahed de fabricação iraniana explodiu o hotel em Mykolaiv, na Ucrânia. O governador da região, Vitaly Kim, confirmou que o hotel foi “fortemente danificado” quando surgiram fotos dos bombeiros presentes no local.
Kim disse: “O inimigo atacou a cidade com um veículo aéreo não tripulado do tipo ‘Shahed-131/136’. Como resultado, o edifício de um hotel foi fortemente danificado e ocorreu um incêndio, que foi rapidamente extinto. Não há vítimas.”
Não é a primeira vez que a Rússia afirma ter como alvo mercenários de língua inglesa.
No início deste ano, os ataques russos a hotéis em Kharkiv tiveram como alvo mercenários, mas mais tarde foi revelado que os mísseis feriram jornalistas estrangeiros e funcionários locais.
A última barragem de mísseis ocorre num momento em que a Rússia continua a avançar na guerra contra a Ucrânia.
As tropas russas avançaram perto da cidade ucraniana de Avdiivka e capturaram mais duas aldeias no domingo.
O Ministério da Defesa russo disse que invadiu Solovyove e Novokalynove e avançou para o oeste.
Oleksandr Syrsky, comandante-chefe das forças armadas da Ucrânia, admitiu que as suas tropas tinham recuado para novas posições a oeste de Berdychi e Semenivka, ambas a norte de Avdiivka.
No entanto, ele não confirmou os relatos russos de que mais duas aldeias foram tomadas.
Syrskyi disse que as tropas russas “alcançaram certos sucessos tácticos nestas áreas, mas não conseguiram obter vantagens operacionais”.
As autoridades ucranianas temem que demore “um a dois meses” até que os tão esperados 61 mil milhões de dólares (48 mil milhões de libras) de ajuda militar dos EUA cheguem às tropas da linha da frente e lhes permitam combater os ataques russos. De acordo com o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), o Kremlin procura explorar uma janela de oportunidade antes de a ajuda dos EUA ser entregue.
