Segundo a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, o estabelecimento industrial colocava o polvo e a pota durante três dias imerso em água, onde se juntava ainda sal e aditivos dos géneros alimentícios.

A prática fraudulenta, segundo a ASAE, permitia que o pescado aumentasse de peso de forma a retirar benefício económico mais vantajoso. No caso do polvo, variava entre 22 e 70%, na pota atingiu os 42% de peso a mais.

Foram apreendidas 18 toneladas de cefalópodes que se destinavam ao mercado nacional e europeu, pela empresa que reembalava o produto vindo de outra empresa.

Entre as irregularidades detetadas, havia ainda falhas na rotulagem, que omitiam dados como a data de congelação ou aditivos adicionados. Foram ainda encontrados pela ASAE, perto de 240 quilos de polvo, cuja data de consumo estava ultrapassada há cerca de 1 ano.

Foi, assim, ordenada a suspensão imediata da atividade de reacondicionamento de produtos, atividade para a qual a empresa nem estava autorizada, e instaurado um processo de contraordenação por incumprimento das práticas leais de informação sobre os géneros alimentícios, a introdução no mercado de produtos sem marca de identificação e por falta de requisitos de géneros alimentícios.

À SIC, fonte da ASAE, disse que a adição de água e aditivos é permitida dentro de certos limites, mas que no caso da água, se ultrapassar os 5%, a informação terá de vir no rótulo.

Entre o pescado apreendido, algum seguiu para destruição, e outro será doado após perícias para garantir a segurança alimentar.

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