Vladimir Putin está a planear levar a cabo actos violentos de sabotagem em toda a Europa como parte de uma estratégia mais ampla para confrontar o Ocidente, segundo agências de inteligência europeias. Novas evidências indicam que a Rússia está a intensificar as suas operações secretas, preparando-se para bombardeamentos, ataques incendiários e danos em infra-estruturas essenciais em solo europeu, colocando potencialmente os civis em risco.

O chefe da inteligência interna da Alemanha, Thomas Haldenwang, destacou a ameaça crescente, observando que a prontidão da Rússia para conduzir sabotagem aumentou significativamente.

“Avaliamos que o risco de atos de sabotagem controlados pelo Estado aumentará significativamente”, disse ele numa recente conferência de segurança. Esta declaração veio logo depois de as autoridades alemãs terem prendido dois cidadãos germano-russos na Baviera por alegadamente planearem ataques a locais militares e logísticos na Alemanha em nome da Rússia.

Incidentes semelhantes ocorreram em outras partes da Europa. No Reino Unido, dois homens foram acusados ​​de incêndio criminoso num armazém que armazenava ajuda à Ucrânia, supostamente agindo em nome da Rússia.

Na Suécia, os serviços de segurança estão a investigar uma série de descarrilamentos ferroviários, suspeitando de sabotagem russa.

O Serviço de Segurança Interna da Estónia acusou agentes russos de atacarem o carro do seu ministro do Interior e de jornalistas, e o Ministério da Defesa francês alertou para uma potencial sabotagem russa contra instalações militares.

O aumento das tentativas de sabotagem coincide com um padrão mais amplo de agressão russa, incluindo campanhas de desinformação e ataques de hackers. Após um incidente de hacking em 2023 contra o Partido Social Democrata do chanceler alemão Olaf Scholz, a Alemanha prometeu consequências para Moscovo, com o apoio da UE e da NATO.

Apesar destes desenvolvimentos, a extensão total das intenções da Rússia permanece obscura. Alguns especialistas, como Keir Giles, da Chatham House, sugerem que as actividades de inteligência da Rússia reflectem uma mistura de factores, incluindo o desejo de perturbar a estabilidade europeia e a necessidade de reafirmar as redes de espionagem russas após reveses significativos, como a expulsão de mais de 600 agentes de inteligência russos. oficiais após a invasão da Ucrânia.

As agências de segurança em toda a Europa estão agora em alerta máximo, procurando identificar potenciais ameaças e prevenir novos ataques. As autoridades estão a investigar incidentes inexplicáveis, como uma explosão numa fábrica de munições no País de Gales que fornece bombas à Ucrânia e um incêndio numa fábrica de armas em Berlim propriedade da Diehl, que também fornece equipamento à Ucrânia.

A abordagem actual de Vladimir Putin, dizem os especialistas, indica uma estratégia ousada para exercer pressão sobre a Europa através de uma combinação de sabotagem, desinformação e ataques cibernéticos.

A extensão destas actividades sugere a intenção da Rússia de manter um elevado nível de conflito com o Ocidente, colocando desafios significativos para a segurança europeia nos próximos meses.

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