O serviço de segurança estatal da Ucrânia disse ter capturado dois agentes da Rússia planejando o assassinato do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy e de outras autoridades importantes como “um presente” para o presidente russo, Vladimir Putin, quando ele tomou posse para um novo mandato no Kremlin na terça-feira.

Os dois homens eram coronéis do serviço de guarda estatal da Ucrânia, recrutados pelo Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB), que vazaram informações confidenciais para Moscou, informou o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) no aplicativo Telegram.

Eles foram encarregados de encontrar alguém próximo à guarda presidencial que tomaria Zelenskyy como refém e depois o mataria, disse o comunicado da SBU, sem deixar claro em que ponto a suposta conspiração foi frustrada.

Suposto ataque foi ‘presente’ para Putin

“O ataque terrorista, que deveria ser um presente para Putin na inauguração, foi de fato um fracasso dos serviços especiais russos”, disse o chefe da SBU, Vasyl Maliuk, segundo sua agência no Telegram.

Não houve comentários imediatos de Moscou.

O Kremlin recusou-se a comentar no mês passado quando questionado sobre a detenção na Polónia de um homem acusado de trabalhar com a inteligência russa para preparar uma possível tentativa de assassinato de Zelenskyy.

O líder ucraniano, que liderou os esforços do seu país para se defender da invasão da Rússia, que já dura há mais de dois anos, disse no Outono passado que os seus serviços de segurança frustraram pelo menos cinco conspirações russas para o assassinar.

O grupo de espionagem também planejou “eliminar” Maliuk e Kyrylo Budanov, chefe da agência de inteligência militar, disse a SBU, observando que o assassinato de Budanov deveria acontecer antes do Domingo de Páscoa Ortodoxo, 5 de maio.

Os agentes procuraram informar o lado russo sobre o paradeiro de Budanov, disse a SBU, para que pudessem realizar ataques com mísseis e drones no local.

Um dos homens presos estava envolvido no transporte e armazenamento de drones e explosivos para a operação, disse.

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