O cantor sueco Eric Saade, de ascendência palestiniana, está a ser criticado pela União Europeia de Radiodifusão (UER) após ter atuado na primeira semifinal do Festival da Eurovisão com um keffiyeh – um lenço tradicional palestino – enrolado no pulso.

Encarregue da cerimónia de abertura da primeira semifinal, o cantor procurou desta forma assinalar a persistente guerra em Gaza, que já levou à morte de mais de 30 mil palestinianos, um terço dos quais crianças.

Em comunicado, a UER criticou duramente Saade, cortando também a sua atuação das redes sociais do festival e do seu canal oficial no YouTube.

“Ele sabe bem as regras que se aplicam no palco do Festival Eurovisão da Canção”, afirmou Ebba Adielsson, produtora executiva do concurso. “É triste que ele tenha utilizado a sua participação desta forma”.

Desde os anos 30, aquando da primeira revolta árabe na Palestina, que o keffiyeh é visto como um símbolo da resistência palestiniana, do nacionalismo palestiniano e da solidariedade para com a Palestina. O seu uso popularizou-se com Yasser Arafat, presidente da Palestina entre 1994 e 2004.

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