As eleições europeias de 2019 tiveram uma participação que rondou os 30% (cerca de metade dos eleitores que votaram nas legislativas deste ano). Em parte para tentar combater a elevada abstenção e incentivar as pessoas a ir às urnas a 9 de junho, em parte para fazer combate interno, os partidos apostam em temas nacionais como a habitação. Tanto a AD como o PS colocaram o combate à crise habitacional – um dos problemas nacionais que tem gerado manifestações com centenas nas ruas – entre as prioridades dos seus programas eleitorais para as europeias. Contudo, com visões diferentes quanto às soluções e ao papel da União Europeia (UE) nas mesmas. Enquanto o PS defende uma maior intervenção europeia, a AD remete a resposta para o plano nacional através da execução dos fundos europeus já atribuídos. Assim, os socialistas seguem a linha defendida por António Costa e os sociais-democratas mantêm uma visão alternativa depois de terem criticado o ex-primeiro-ministro.

Marta Temido levou à apresentação do programa eleitoral do PS para as europeias, na passada quinta-feira, uma proposta de criação de um plano europeu para a habitação acessível dedicado não só os “mais necessitados”, mas também às “classes médias”, lê-se no documento já disponível. Até agora, a UE mostrou uma “visão recuada das suas competências na saúde e habitação”, disse a ex-ministra da Saúde, mas deve ser mais “determinada” a encontrar soluções para estas áreas. Antes, também Pedro Nuno Santos defendeu que a crise habitacional “ganhou dimensão transnacional” e, por isso, “tem de ter resposta europeia”.

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