A cidade belga de Leuven enfrenta uma situação terrível, já que uma infestação desenfreada de ratos forçou o encerramento de 10 restaurantes em apenas 15 dias. A Agência Federal para a Segurança da Cadeia Alimentar (Afsca) foi obrigada a tomar medidas rápidas devido a preocupações com a saúde e segurança públicas.
Hélène Bonte, porta-voz da Afsca, disse: “As pragas são um problema bem conhecido nas grandes cidades porque têm edifícios antigos que muitas vezes estão localizados perto da água, mas em Leuven há mais problemas do que em outros lugares”.
Os fechamentos foram iniciados após fiscalizações que revelaram a infiltração de roedores nas áreas onde ocorria o preparo e armazenamento dos alimentos.
A porta-voz explicou: “Nos casos em questão, os nossos inspectores descobriram que parasitas tinham entrado em áreas onde era possível o contacto com alimentos e/ou que as embalagens também tinham sido comidas. Como resultado, a saúde pública ficou comprometida”.
Leuven, uma cidade conhecida pelo seu encanto histórico e atmosfera vibrante, tem estado sob escrutínio minucioso da Afsca há meses. No entanto, o recente aumento na atividade dos ratos colocou desafios sem precedentes, levando ao encerramento simultâneo de vários estabelecimentos gastronómicos.
Johan Geleyns, vereador comercial de Leuven, reconheceu a gravidade da situação ao mesmo tempo que destacou as circunstâncias únicas da cidade.
Ele disse: “Somos uma cidade estudantil, que tem muitas vantagens, mas também algumas desvantagens. Tanto nas ruas como nas casas dos estudantes, às vezes a comida fica abandonada”.
A questão estende-se para além de Leuven, com vários municípios da Bélgica a debaterem-se com invasões semelhantes de ratos, especialmente em edifícios históricos. Kevin Vanderauwera, presidente do sindicato dos proprietários de restaurantes e cafés de Leuven, enfatizou as complexidades envolvidas na resolução do problema.
“Eles não fecham um negócio por causa de dois excrementos de rato! Se a FASFC fecha um negócio é porque, na sua opinião, a segurança foi comprometida”, disse ele.
Os esforços para mitigar a infestação incluem campanhas de informação e prevenção por parte dos serviços da cidade, apelando a uma maior vigilância na gestão de alimentos e resíduos. No entanto, os desafios persistem, com os exterminadores a observarem a crescente resistência dos roedores aos produtos de controlo. “O veneno está ficando cada vez mais fraco”, disse um exterminador belga citado pela mídia local.
