A polémica do Global Media Group voltou ao Parlamento, desta vez para discutir as propostas de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o tema, lançadas pelo Bloco de Esquerda e PAN. Joana Mortágua defendeu ser necessário perceber a demora na atuação da ERC num caso de “gangsterismo econômico” que colocou em causa a sustentabilidade de um dos maiores grupos privados de comunicação social. Também Inês Sousa Real considerou ser função da Assembleia da República aferir as razões para a “passividade” da ERC perante a aquisição deste grupo por parte um fundo das Bahamas sem rosto. Contudo, as justificações não convenceram os três maiores partidos que preferiam manter o assunto na comissão permanente. Com os votos contra do PSD, PS e CDS e a abstenção do Chega, nenhum dos dois inquéritos vai avançar.

Além dos preponentes, também a Iniciativa Liberal, o PCP e o Livre votaram a favor da criação desta CPI. Para justificar o momento pouco comum onde os liberais apoiaram uma iniciativa dos partidos à esquerda do PS, Carlos Guimarães Pinto defendeu ser importante saber “quem financia a comunicação social” e “que interesses poderão estar por detrás”. “Se a ERC fica calada perante tais ameaças à imprensa livre é caso para perguntar, de que serve a ERC?”atirou o deputado liberal lembrando como a administração de João Paulo Fafe protagonizou ameaças de despedimentos coletivos, o atraso de salários de centenas de profissionais e colocou em causa a sustentabilidade de títulos como o Jornal de Notícias, o Diário de Notícias ou a TSF. “Utilizando as palavras da TSF, é preciso ir até ao fim da rua para perceber o que aconteceu na Global Media”, acrescentou Rodrigo Saraiva.

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