Furioso União Europeia as autoridades exigiram conversações com o governo britânico sobre um novo regulamento de pesca, o que provocou raiva entre os eurocratas.

A Comissão Europeia quer uma explicação três meses depois de os líderes de Londres e da Escócia descentralizada terem anunciado o fim da pesca industrial da galeota.

Este anúncio, que remonta ao final de Janeiro, foi feito por razões ambientais e foi saudado, entre outros, pela Sociedade Real para a Protecção das Aves (RSPB).

Mas a decisão de proibir a pesca industrial de galeota nas águas inglesas do Mar do Norte e em todas as águas escocesas, respectivamente, provocou indignação na Dinamarca.

Isto levou os líderes em Bruxelas a acionar, em 16 de abril, o mecanismo de resolução de litígios no Acordo de Comércio e Cooperação UE-Reino Unido (TCA).

Quando acionado, este mecanismo pede à UE e ao Reino Unido que tentem chegar a um acordo sobre o assunto no prazo de 30 dias – ou mais, se concordarem em prolongar as conversações.

Se as partes não conseguirem chegar a um acordo, Bruxelas pode solicitar que um tribunal arbitral decida sobre a “compatibilidade das medidas do Reino Unido” com as disposições do acordo, que o executivo da UE disse que apela a uma “compatibilidade baseada em evidências, proporcional e não discriminatória”. “abordagem à conservação marinha.

O Comissário da UE para o Ambiente, Oceanos e Pescas, Virginijus Sinkevičius, afirmou: “O encerramento permanente da pesca de galeota pelo Reino Unido priva os navios da UE de possibilidades de pesca, mas também colide com os compromissos básicos do Acordo de Comércio e Cooperação UE-Reino Unido.”

Os navios de pesca da UE mantiveram o acesso recíproco às águas britânicas após o Brexit, em conformidade com o acordo comercial que se seguiu à decisão de sair do bloco.

A Comissão foi pressionada a convocar o Reino Unido para conversações pela Suécia e pela Dinamarca, que levantaram a questão numa cimeira de ministros da Agricultura do Conselho da UE no final de Fevereiro.

A Dinamarca detém mais de 90 por cento da quota combinada UE/Reino Unido para o peixe diminuto de cerca de 160.000 toneladas.

Um terço deste montante foi atribuído a áreas em águas britânicas, principalmente na região escocesa.

Apontando para a nova regulamentação ambiental britânica, Sinkevičius disse: “Já existem medidas para proteger esta importante espécie, inclusive através da fixação de capturas abaixo dos níveis recomendados cientificamente e de áreas fechadas para proteção de aves marinhas”.

A proibição da pesca da galeota ocorreu após décadas de campanha da RSPB e de outras organizações ambientais.

A associação que protege as aves e a vida selvagem mostrou-se entusiasmada com a proibição, pois afirmou que a pesca excessiva foi um dos factores por detrás do esgotamento da população de galeota, o que tem um efeito de arrastamento sobre as aves marinhas, uma vez que muitas espécies, incluindo os papagaios-do-mar, dependem destes peixes para alimentar seus filhotes.

Acolhendo com satisfação o anúncio, a presidente-executiva da RSPB, Beccy Speight, disse em janeiro: “Respondendo ao apelo da RSPB para acabar com a pesca industrial da galeota, os anúncios de hoje são uma tábua de salvação vital dos governos do Reino Unido e da Escócia para as nossas aves marinhas nas nossas águas quando mais precisam. O O Reino Unido é o lar de colónias de aves marinhas de importância mundial, mas estas populações estão em declínio e a sua resiliência é levada ao limite, com estas aves tão queridas na vanguarda da natureza e da emergência climática.

“Para apoiar a recuperação das nossas aves marinhas, a RSPB há muito recomenda o fim da pesca industrial da galeota nas águas do Reino Unido para garantir fontes vitais de alimento para estas aves incríveis.”

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